CEFURIA inicia Projeto Horta e Cozinha Comunitária produzindo Comida, Trabalho e Renda na Comunidade Nova Esperança em Campo Magro

Equipe do Projeto em visita à comunidade Nova Esperança em Campo Magro

Neste mês iniciamos a etapa de planejamento do Projeto Horta e Cozinha Comunitária produzindo Comida, Trabalho e Renda, celebrado entre o CEFURIA e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate a Fome através do Termo de Fomento no 941818/2023.

O projeto tem como objetivo a formação e capacitação dos/as residentes da Comunidade Nova Esperança, um território urbano de ocupação localizado no município de Campo Magro, em hortas e cozinhas comunitárias para a produção de comida, trabalho e renda e assim promover um processo de qualificação ao mundo do trabalho alinhado à emergente necessidade de garantir segurança alimentar, inclusão produtiva e autonomia socioeconômica à população atendida.

A primeira visita ao território na Comunidade Nova Esperança aconteceu no dia 5 de setembro. Além das pessoas envolvidas no projeto nos reunimos com lideranças da ocupação para apresentar os objetivos e etapas do projeto e conhecermos mais sobre a história e a geografia da comunidade.

Valdecir, liderança da comunidade, relatou que a comunidade abrange uma área de cerca de 43 mil alqueires, abrigando uma população de cerca de mil famílias, distribuídas em cerca de mil lotes de terra igualmente divididos. A área é dividida em 11 setores urbanos e 1 rural, que possui divisão de lote diferenciada para permitir a produção agrícola.

Val destaca algumas das principais dificuldades/desafios da comunidade, composta por trabalhadores historicamente marginalizados, com poucas oportunidades de desenvolvimento social e econômico. Segundo Val, “não basta só dar a vara e ensinar a pescar, precisa do poço, que ele não esteja contaminado, precisa de quem compre a produção de peixe, da entrega pro consumidor etc.” Apontando a necessidade de formas combinadas de atuação para o desenvolvimento social e econômico.

Enquanto conversávamos, Giselha, residente da comunidade e integrante da equipe do projeto, nos guiou na visita à cozinha e à padaria comunitária, que já possuem infraestrutura básica.
Em seguida fomos conhecer um possível espaço para desenvolver a horta comunitária e as oficinas de capacitação profissional, uma área coletiva localizada próxima à entrada da comunidade. Descobrimos também que os resíduos orgânicos produzidos na comunidade já são aproveitados no setor rural. Isso representa o poder de autogestão e responsabilidade socioambiental da comunidade.

Em nossa segunda visita, que aconteceu dia 20 de setembro, reunimos a equipe do projeto novamente na Comunidade Nova Esperança. Definimos a data da nossa primeira roda de conversa que acontecerá dia 22 de outubro e será aberta e amplamente divulgada para a comunidade. Elaboramos a programação do encontro, além das estratégias de divulgação, mobilização e sensibilização. Por fim fomos convidados a participar da passeata na sexta-feira (22) e da festa da vitória no sábado (23), organizadas pelo Movimento Popular por Moradia (MPM), em função da conquista judicial da comunidade contra o despejo das famílias.

Acompanhe nosso site para ficar por dentro do desenvolvimento do projeto.

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